segunda-feira, 24 de setembro de 2012

O bicho da cara vermelha

Ontem foi um dia normal como qualquer outro aqui no Pombal. Domingo é um dia em que este local está vazio... os seminaristas vão todos pras suas respectivas igrejas e alguns só chegam no horário de descansar. Por isso, foi tudo muito calmo, até a noite chegar.
O ilustríssimo senhor que mora comigo, que preferiu não ser identificado, chegou no quarto por volta das 23h, com a cara mais alva do que a neve, exausto, sem ar e com a mão no peito, gritando "Cara, você não sabe o que eu acabei de ver!". De início, imaginei que uma fofoca informação útil estaria vindo da boca do meu amigo, até que ele proferiu "Acabei de ver um demônio de cara vermelha olhando pra mim do último chuveiro do banheiro".
Obviamente, olhando pra como estava o sujeito eu acreditei na informação. Fomos lá no banheiro, oramos, profetizamos, declaramos benção sobre este local, tomamos posse da libertação e da remissão de pecados, jogamos óleo e sal grosso no ralo do chuveiro e passamos com a sacolinha de oferta pros presentes contribuirem com o nosso ministério. E voltamos pro quarto tranquilos, certos de que tudo estava bem... Exceto pro meu colega de quarto, que passou a noite em claro, olhando pro teto, com uma lanterna na mão e pulando da cama a qualquer mexida que eu dava!
Hoje a tarde as pessoas não pararam de bater na porta do meu quarto querendo saber sobre a tão falada história que repercurtiu por toda esta terra santa!

Mas a paz está enfim restaurada neste local!

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segunda-feira, 23 de abril de 2012

Esqueceram de mim: O pombalino abandonado

Era uma manhã calma, alegre e tranquila, como qualquer outra no Pombal. Todos levantamos cedo e motivados para assistir a aula daquele dia, inclusive o pombalino da foto acima. Ele havia levantado mais cedo do que o costume; queria chegar cedo na aula e entregar a maçã que havia comprado para o professor, enquanto discutiria com ele as ideias que havia tido no decorrer da semana. Logo pela manhã, foi tomar o seu banho e todos os pombalinos ficaram surpreendidos, em como ele cantava debaixo do chuveiro. Sua voz era esplendorosa! Seus tons agudos deixaram todos surpreendidos. Mas quando ele sai do banho e se dirige para o seu quarto, uma grande decepção: ele foi trancado do lado de fora! Seu colega de quarto, um rapaz muito responsável e cauteloso, admirado até mesmo pelos professores da Faculdade, decidiu ir bem mais cedo para aula e se esqueceu que não morava sozinho. Diz a lenda, que ele tem mania de trancar a porta até mesmo quando vai ao banheiro lavar as mãos. E foi o que aconteceu, trancou do lado de fora o seu colega agora desanimado, somente de bermuda e uma toalha pendurada no pescoço. Estava sem celular e não podia nem mesmo sair do pombal naquele estado. Resultado? Acabou chegando atrasado na aula, perdeu crédito com o professor, além de tomar uma falta.

Oremos todos, para que nossos colegas de quarto lembrem-se sempre que o Evangelho é inclusivo e nos liberta, e não nos aprisiona do lado de fora desta vida. Amém!

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quinta-feira, 29 de março de 2012

O pombalino traficante


Em primeiro lugar, acalme-se! Eu fiquei tão surpreso quanto você está neste momento quando vi os sacos de ervas. Vou contar a história...
Estava eu em uma noite calma e tranquila, não muito diferente de qualquer outra aqui na Terra dos Justos, e resolvi ir até o quarto de um pombalino para pedir emprestada uma farofa para completar o meu banquete. A surpresa veio quando perto da farofa, se encontravam estes dois saquinhos de ervas! Isto mesmo, ervas. O pombalino em questão, que implorou de joelhos pediu para não ser identificado, trouxe consigo de sua terra natal, estes dois saquinhos.
A princípio, imaginei que ouvindo os relatos de que seminarista passa fome, ele trouxe consigo para garantir o seu sustento. Em segundo momento, imaginei que talvez ele passasse por problemas de dependência e precisasse passar por momentos de cura interior, libertação e reza brava. Até ofereceria para levá-lo à Sessão do Descarrego, se esse fosse o caso.
A grande questão é que os saquinhos de ervas presentes ali, naquela prateleira, em um local totalmente exposto, tiraram o meu sossego de tamanha forma que fiquei sem reação por uns 10 segundos. Estava abismado. Chocado. Pasmo. Sem palavras para descrever tamanha surpresa.
O alívio veio logo em seguida, quando perguntei para o pombalino:

- Cara, que porcaria é essa? Você está traficando drogas no Pombal?
- Hã?
- Velho, esses dois saquinhos de ervas aqui.. O que é isso? Você anda fumando aqui?
- Hahahahahahahahahahaha
- Do que você ta rindo, filho? Você esconde erva no seu quarto e acha graça?
- Cara, relaxa... Isso aí é erva-mate pra fazer Tereré! hahahaha
- ... Droga, fui enganado!

Enfim, como eu disse, relaxem. Não era nada demais!
Se alguém quiser tomar um tereré, é só me avisar que eu providencio um.
Não é ilegal e é muito bom, quando preparado direitinho! hahaha

Au revoir.

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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

O mistério do colchão desaparecido


Mais um ano começou aqui na Faculdade de Teologia e óbvio, no Pombal tambem. Esse ano recebemos alguns calouros ótimos, mas dentre eles eu quero destacar o sujeito da foto. Seu nome? Douglas Bortoune, também conhecido como "Queridinho da COREAM" "Amigo do Colégio Episcopal" e "Bispo Presidente da Igreja Metodista Universal". Seu famoso jargão é "A COREAM me ama!". Acontece, é que certo dia, o colchão do sujeito desapareceu do Pombal e ele acabou ficando muito triste e baqueado. Depois de chorar durante algumas horas e bater de quarto em quarto perguntando aonde estava o seu colchão, o Sr. Bortoune acabou se conformando em dormir no chão. Afinal de contas, ele percebeu que nem a campanha de 7 semanas na Universal ia trazer o seu colchão de cor episcopal de volta ao seu quarto. 
Mas depois de encontrar um livro na geladeira, eis que por milagre de Jeová Papai o menino achou o colchão dele, tomando um solzinho em cima da telha da lavanderia. Até hoje ninguém sabe se o colchão resolveu tomar um bronzeado, se mijaram no colchão e colocaram pra secar, ou se foi o próprio Douglas quem o colocou lá querendo um pouco de atenção e bajulação. Mas o nosso querido amigo se reuniu ao seu colchão profético uma vez mais e o precioso momento foi registrado, como mostrado na foto. Reparem no sorriso aberto que o garoto abriu ao encontrar o seu colchão perdido. Calouro feliz é o que nos traz prazer aqui nesse local chamado Pombal!
Um forte abraço e até a próxima!

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quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Pombalino não lava gravatas durante as férias


Pra quem não sabe, certa vez eu ganhei umas gravatas que estavam dando em um bazar lá na Faculdade. E aí, como eram usadas eu pensei comigo mesmo "Vou lavar, né?!". Diga-se de passagem, essa não foi lá uma das minhas ideias mais brilhantes, mas pelo menos gerou felicidade na vida dos pombalinos. Serviço terminado, a máquina parou de bater, as gravatas estavam limpas. Mas quando as tiro da máquina, decepção... Estavam estragadas! Bom, de toda forma eu as coloquei pra secar.. Claro, eu não podia só ter estragado as gravatas, eu precisava ser zoado também! E isso gerou alegria no coração de muitos pombalinos, ao zoarem da minha cara.
O engraçado é que eu procurei no Google, famoso por encontrar tudo, uma foto de gravatas lavadas ou penduradas no varal. E descobri que eu fui a primeira pessoa do planeta a realizar tal proeza.
Mas pra quem quer saber, as gravatas ficaram tão deformadas que eu recebi sugestões pra enche-las de areia e usá-las como aquelas cobras que ficam na quina das portas.
Graças a Deus, durante as férias de um pombalino ele não precisa lavar roupas! É só jogar dentro do cesto e elas aparecem limpinhas e cheirosas dentro do guarda-roupa, como um milagre de Jeová Papai!

De toda forma, fica aí divulgado o serviço. Se alguém precisar lavar gravatas, é só me ligar!

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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

O dia em que um talibã limpou meu quarto!


Já não é novidade pra ninguém que aqui nesse Pombal acontece de tudo. Mas hoje, um fato curioso me chamou a atenção. O meu dia foi um pouco atribulado: eu tinha que realizar a prova teórica do exame de direção pela manhã, e como a vida aqui é totalmente agitada, eu acabei me esquecendo. Resultado? Terei que pagar o valor de R$ 180,00 para remarcar a prova. Mas até aí tudo bem, afinal seminarista vive cheio de dinheiro no bolso, não é verdade?
Mas o inesperado aconteceu exatamente aí, quando eu voltava da Auto-Escola e já considerava este um dos piores dias de toda a minha estadia aqui em São Paulo. Eis que quando entro no corredor do prédio, vejo que todas as coisas do meu quarto estavam sendo postas pra fora!
Os primeiros pensamentos que passaram pela minha cabeça foram: "Mas que diabos é isso? Estou sendo roubado por um pombalino?" "Estão me despejando do prédio?" "O que mais poderia acontecer pra estragar o meu dia?"
Mas eis que quando entro no quarto, me deparo com um legítimo talibã limpando o meu quarto. Que surpresa agradável! Eu sempre soube que talibãs eram muito prestativos. Sei que eles explodem prédios, fazem macumba na porta dos outros, mas ver um talibã limpando o meu quarto me deixou muito emocionado. Os meus olhos se encheram de lágrimas, e acreditem, foi de felicidade!

Enfim, o que posso dizer é que este acontecimento transformou o meu péssimo dia em um dia mais feliz!

Muito obrigado, senhor talibã! Que Alá te pague!

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Macumba na porta dos outros é refresco!


Algo curioso aconteceu hoje quando eu saí do banho.
Enquanto andava pelo imenso corredor do pombal, já que moro no ultimo quarto, avistei uma vela acesa e um prato no chão ao lado de minha porta.
Ao me aproximar mais, concluí: era uma macumba!
O suposto trabalho feito ao tinhoso, estava composto por uma vela, um copo cheio e um prato de farofa. Ao afastar a farofa, uma surpresa: meu nome estava escrito em um pedaço de papel! Acreditam nisso?
Infelizmente, ao cheirar o copo tive uma decepção. Imaginei que alguém realmente tivesse comprado uma garrafa de cachaça só pra zuar com a minha cara, mas não, era só água.
O último seminarista que encontrou uma macumba em sua porta, chorou dois dias direto, orou, jejuou, fez campanha e tomou banho de sal grosso. Além de mandar seu nome pra fogueira santa da Universal!
Mas comigo não, eu sou mais corajoso do que isso, afinal de contas eu preciso honrar meu apelido de Lanterna Verde, certo?
Assim sendo, eu não posso encerrar esse post, a não ser deixando pro meu amigo macumbeiro, o juramento do Lanterna Verde:

"No dia mais claro, na noite mais densa
o mal sucumbirá ante a minha presença
Todo aquele que venera o mal há de penar
quando o poder do meu anel enfrentar".

Que Deus abençoe vocês!